quarta-feira, 1 de julho de 2009

sem sentido


"A memória é uma faca. Pode ferí-lo." (hannibal rising)

Tenho sonhado muito, além do habitual. Um emaranhado mundo interno. O esboço da manhã é um fragmento da complexa obra do sono. Ao acordar, as imagens se esvanecem, somem gradualmente.

A sensação é de tristeza. O tempo cumpre o seu papel, mas como era de se esperar o faz de maneira lenta. E a mim compete controlar sentimentos, dar jeito no que está esquisito, redirecionar a energia. O deixar ir é tarefa árdua. A consciência é clara, mas é preciso que ela impregne naturalmente o cotidiano e oculte as memórias.

Um luto esse processo. É preciso viver a perda e aceitar que nada será igual ao que já foi. Ponto! Algumas lembranças serão apagadas completamente, até que um dia algum cheiro, som ou imagem as tragam de volta casualmente. Quando voltarem estarão atenuadas e farão parte de outro tempo.

Simultaneamente vem mais um pouco de amadurecimento, de autoconsciência, de percepção. Estranheza...

Um comentário:

AGNALDO NO ESPELHO disse...

Krika,

Estranheza, esta é a palavra. Os grnads movimentos de transformação passam por ela.

Tenho a impressão de que você já está além do meio do caminho, porque essa percepção, com essa palavra dando-lhe nome, só um longo trajeto é capaz de trazer.

Vamos em frente.

Bjos.