segunda-feira, 27 de julho de 2009

flores

Por Cristina Thomé

Deito-me sobre o campo de flores. Consigo ver, além do céu, minha própria alma suspensa. Tento me reconhecer, não consigo.

Existem buracos nessa alma estranha. Sei que preciso de delicadezas para tratar com ela. Apenas assim ela poderá me habitar decentemente.

Ouço vozes me chamando, são fiapos de sons. As flores me retém no chão. Sussurram que, às vezes, nos perdemos. Acontece.

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