segunda-feira, 10 de maio de 2010

onegin

Por Cristina Thomé

Novamente assisti "Onegin". É a quinta ou sexta vez que o vejo e me emociono profundamente. Talvez mais a cada nova vez porque se tornam familiares os movimentos contidos, a sutileza que brota daquilo que silencia.

Há a beleza exata e assustadoramente singela de Liv Tyler. A perdição nos olhos tristes de Ralph Fiennes. Pelo filme paira a melancolia da impossibilidade, do tempo fora de sincronia.

A poesia impregna o gelo, o branco da paisagem. Nada mais apropriado para simbolizar a distância fria que o tempo pode cavar. E tudo circunstancial. Não há culpados para a falta de conexão.