domingo, 16 de novembro de 2008

Momento a momento

"A vida é um grande oceano no qual você pode se divertir, se se desfizer de todos os julgamentos, de suas preferências e do apego aos detalhes dos seus planos de longo prazo. Esteja disponível para o que vier ao seu encontro, da forma como vier. E não se preocupe se tropeçar ou cair: levante-se, sacuda a poeira, dê uma boa gargalhada e vá em frente".

Esta foi a orientação do Tarô Zen pra mim, esta noite. Ouço, ao fundo, o DVD do show acústico de Roberto Carlos, tomo uma Bohemia e penso na vida. Entrego-me ao sabor da brisa quente que entra pela sacada.

Khalil acaba de caminhar sobre este texto. Ela é engraçada e senhora de si. Não está nem aí para o que eu quero. Khalil está com calor, quer carinho e se espatifa sobre o caderno. Entramos num acordo e consigo continuar.

Explicando a filosofia Zen, o tarô diz: "nas palavras de Osho, não se trata da capacidade de idolatrar 'budas', mas de tornar-se um 'buda'; não de seguir outros, mas de desenvolver a consciência interior que traz uma qualidade de luz e de amor a tudo o que faz".

A sensação leve de que viver é bom tem me acompanhado. Boa parte da vida passei preocupada com o juízo das pessoas a meu respeito. Hoje percebo como isso é uma grande besteira. É bom demais viver me observando, me respeitando, dando-me espaço para experimentar da vida, para conhecer.

Se algo der errado, tudo bem! Como diz o tarô: "... dê uma boa gargalhada e vá em frente". Tenho sentido um grande afeto pelas pessoas e, assim como eu tenho me aceitado, também as tenho visto de outra forma. Talvez o conceito correto para isso seja amor.

Quando deixamos "os nossos olhos na caixa de brinquedos"– como diz o Rubem Alves –, a vida fica mais colorida, intensa. A minha própria companhia tem sido agradável. Às vezes a mente fala, fala, fala... mas, tudo bem! Boa parte das vezes tenho conseguido ficar fora disso e apenas observar.

Agora, o querido Roberto Carlos canta "É preciso saber viver", com Toni Belotto – dos Titãs –, "mandando ver" no violão. Nada melhor para encerrar este texto.

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