segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Intensidade



Quarta-feira da semana passada pedi uma orientação ao Osho. Ele me trouxe a carta "Intensidade":

"(...) você não tem que ser um seguidor, um imitador. Você precisa ser um indivíduo original; precisa encontrar por si mesmo o seu âmago mais profundo, sem nenhum guia (...). É uma noite escura, mas com a chama intensa dessa busca, você está destinado a chegar até o nascer do sol. Todos os que arderam com uma intensa procura encontraram o nascer do sol. Outros limitam-se a acreditar. Esses que acreditam não são religiosos; eles estão simplesmente evitando, com essa crença, a grande aventura da religião.

comentário: a figura dessa carta assumiu a forma de uma seta, movendo-se com o foco unidirecionado daquele que sabe precisamente aonde está indo. Movimenta-se com tamanha velocidade que quase se transformou em pura energia.  Sua intensidade não deve porém ser confundida com a energia obsessiva que faz as pessoas dirigirem seus carros à velocidade máxima para ir de um ponto a outro (...) A intensidade representada pelo Cavaleiro do Fogo é pertinente ao mundo vertical do momento instantâneo – um reconhecimento de que agora é o único momento que existe, e de que aqui é o único espaço. Quando você age com a intensidade do Cavaleiro do Fogo, é provável que isso provoque ondulação nas águas à sua volta. Alguns irão sentir-se ameaçados ou incomodados. As opiniões alheias importam pouco, porém; nada poderá detê-lo neste momento." (fonte: www.osho.com)

A reflexão sobre o momento começou numa detestável noite quente desta semana. Ao fundo, o som ensurdecedor da TV, que eu não podia reduzir em nome de uma ignorante educação.

O suplício continuou num telefonema. Ouvindo aquela voz tão familiar percebi a mesma manipulação de sempre. Com o telefone ainda na orelha, peguei o primeiro objeto que me veio às mãos e o estourei na parede. Percebi que bastava apertar o botão.

Desliguei o telefone. Ele não tocou mais. Daí, o silêncio, uma unha quebrada e um aviãozinho de madeira espatifado no chão. Droga! Fazia um século que eu estava deixando aquela unha crescer!

Tive sonhos estranhos aquela noite. Como é ruim quando as pessoas querem nos possuir. É quase como ser violentado, perder a alma. Chega a ser assustador como as pessoas querem suprir suas carências tentando dominar outras pessoas.

O Osho trouxe algo precioso: ser a gente mesmo nos tira de estereótipos, chavões, guetos. Somos únicos, multifacetados, diferentes dependendo do dia e da lua. E, às vezes (inacreditavelmente!) livres.
 

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