segunda-feira, 5 de abril de 2010

despertar

por Cristina Thomé

O som insistente e abafado. É o despertador do tempo que me tira do torpor. Passaram-se meses, acordo para o ordinário cotidiano. Toda vez retorno para ele, que me recebe com o mesmo silencioso sorriso cínico. Retomarei a busca de sentido.

A incógnita é: para quê? Tateio no escuro, a cegueira me orienta no labirinto. Dou voltas e o mesmo som me acompanha, o cheiro familiar remonta histórias. Sinto canseira, o corpo dói. Porém, não tenho escolha. Preciso caminhar, outra vez. Até que o sono generoso me alcance, outra vez.

Nenhum comentário: