quinta-feira, 6 de agosto de 2009

sopro


por Cristina Thomé

O touro respira o bafo quente em meu pescoço. Sinto a fúria no tremor da carne, pontiagudo do chifre varando a pele. É festa de rua. Ritual de sangue.

O animal me toma pra si. Oferenda desde a concepção, nasci de seu sopro. A ele, retorno.

Um comentário:

AGNALDO NO ESPELHO disse...

Lembrou-me "Memórias de Adriano". É forte, intenso e muito bonito...