quinta-feira, 6 de agosto de 2009

cantiga d'água


por Cristina Thomé

Manso, o barco corta a água. Nele vou eu. Cerrados os olhos, corpo no sacolejo do rio. Todo sonho, vento leva. Todo desejo, água apaga.

O rebojo risca de riso minha cara. Rasante de arara tinge o coração. Vou pra festa na vila. Pra quê mais festa do que a que tenho aqui? Morno de tarde boa de barco no rio que leva meu pensamento.

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