segunda-feira, 4 de maio de 2009

amar a si mesmo


Tenho um amigo que não sai de casa há algum tempo... sairá apenas para comprar uma torneira e, almoçar comigo – quando ele decidir comprar a torneira.

Ele se interna em casa quando os sentimentos estão bagunçados. Cada um de nós tem um movimento quando os sentimentos estão bagunçados. O meu é não sair muito de mim. E, assim como o meu amigo, ficar quieta.

Tenho lido muito o Osho. Agora estou lendo "Amor, Liberdade e Solitude – Uma nova visão sobre os relacionamentos". É um livro bonito, difícil na sua simplicidade. Uma das coisas que ele traz é a beleza e a necessidade em amar a si mesmo.

Diz ele: "Não se condene. Você foi condenado demais e aceitou toda essa condenação. Agora, você fica se machucando. Ninguém se considera digno o suficiente (...). A humanidade tem vivido sob uma escura nuvem de autocondenação. Se você se condena, como poderá se desenvolver, como poderá se tornar maduro? E, se você se condena, como poderá venerar a existência? Se você não puder venerar a existência dentro de você, será incapaz de venerar a existência nos outros; será impossível".

Ôxe! Tem me parecido possível amar a mim mesma. Não sei... tem me parecido... possível...

Droga! Tenho perdido o controle, tenho dito coisas que não quero – mas têm me parecido necessárias, senão não estaria dizendo... –, tenho me machucado bem. De uma semanas pra cá percebo que tudo isso é absolutamente necessário, uma nova passagem. E, a vida vem trazendo, e eu vou vivendo.

Mas, sinto (mesmo!) que o grande segredo dessa ciranda toda é o imenso amor que preciso dar a mim mesma e, que não tenho dado. Preciso me dar colo, me perdoar, amar... Amar muito! Talvez eu esteja no caminho.

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