sábado, 30 de outubro de 2010

um


Por Cristina Thomé

No livro de arte sobre a mesa há a imagem de um menino, que observa. Olhos voltados para o canto esquerdo, mantém-se isolado. O tempo paira alheio, o mundo suspenso ao redor.

A pintura renascentista do menino captura o único, o olhar absorto congelado por outro ser que o registra. Quem era o menino? Sua identidade o tempo roubou, sua alma misturada e voluntariosa perambula por aí.

Somos um, na embolada história de existir. A despeito de generalidades, o espírito não se comprime, não se amalgama.

2 comentários:

AGNALDO NO ESPELHO disse...

Krikas,

Como é que você consegue ser tão limpa? (Isso no seu texto - e não que você não o seja em sua vida rsrsrsrsrs). Consegue dizer tanto de forma tão econômica. Aliás, penso que não se trata de economia...

Senão, comparemos. Um diamante de 50 gramas vale mais do que 5 quilos de ouro.

Daí é possível concluir a preciosidade de seu texto. Preciso, raro e delicioso.

Super beijo e saudade.

Cristina Thomé disse...
Este comentário foi removido pelo autor.